quinta-feira, 23 de julho de 2015

Jussara Alves - Terceiro Sinal - Mano Réu é o entrevistado









Mano Réu é o entrevistado

A coluna Terceiro Sinal* é um espaço de entrevistas com os artistas que foram e estão envolvidos com o movimento Cena Norte, apresentando sua trajetória, curiosidades e sua arte.
*O Terceiro Sinal é usado no teatro para indicar que O ESPETÁCULO VAI COMEÇAR!


Mano Réu


Israel, o Mano Réu é um artista multifacetado, é MC, escritor, produtor cultural, educador social e envolvido em vários movimentos culturais, enfim, um Agente Cultural.
Lançou no ano de 2012 o Disco "Mano Réu - Reinvenção", autor do livro "Amor Banto em Terras Brasileiras". Atua no Coletivo Literatura Suburbana nos Projetos Reviva Rap e Coleção Literária Besouro. Vencedor do 8º Prêmio Jovem Brasileiro em 2009 pela Agência Zapping.

--- O que mais te motiva a construir/realizar seus projetos?
"O que mais me motiva é conhecer mais pessoas, compartilhar essas vivências com mais pessoas! Ter a oportunidade de produzir e sentir minha arte da forma que sonhei, e isto, vai se dando com o tempo e circulando por essas vias da arte!"

"(A zona norte) é uma região, uma zona, que bomba de cultura de ponta a ponta, da Brasilândia ao Jaçanã."

--- Quais as características do artista, que também é produtor, que, do seu ponto de vista, mais precisam ser desenvolvidas atualmente?
"Hum, é um desafio produzir e também ser artista. É quase que antagônica essas duas posições em um mesmo trabalho artístico, a necessidade leva a isso! Então a proposta ou característica do artista é saber agregar pro seu trabalho pessoas que possam contribuir para ele pensar mais e mais só na sua arte, deixando a produção com outros agentes! Diria que a sensibilidade pra gerenciar uma boa equipe é uma baita qualidade nessa era de trabalhos múltiplos na área da cultura."

--- A zona norte é vista, muitas vezes, como a zona da cidade de São Paulo que menos se expressa e é a menos engajada em projetos sociais e culturais, o que você pensa sobre isso?
"Concordo que seja a que menos se expressa e participa ativamente fora da região, mas é uma região, uma zona que bomba de cultura de ponta a ponta, da Brasilândia ao Jaçanã. A nossa questão é mesmo formação e troca entre os artistas e bairro, precisamos talvez intensificar essas ações, diminuir fronteiras."

--- Qual a mensagem que gostaria de destacar das suas composições musicais?
"Acho que 'afirmação', talvez seja essa a grande mensagem que trago nas letras, tanto pra nossa cultura Hip Hop, ou nós, como afrodescendentes! Afirmar, reconhecer e a partir daí criar nossos futuros!"

"... acho que esse modo de intervenção direta, o falar menos e agir mais, a irreverência seja a contribuição do Hip Hop para a cultura. Além dos elementos que a música rap e os outros elementos do Hip Hop proporcionam como bem estar, cor a cidade, reflexão sobre o espaço público, entre tantos outros!"

--- Quais as pessoas que você admira e influenciam no seu trabalho e na sua vida pessoal?
"Gosto de admirar pessoas contemporâneas como meus companheiros de trabalho do Coletivo Literatura Suburbana. Me inspiro nos artistas de Funk norte Americanos, nos artistas africanos contemporâneos como Nneka, Mayra Andrade, MCK, entre outros! Admiro Afrika Bambaata, Malcom X, Abdias do Nascimento e Mãe Menininha... E mais um montão de outras pessoas, não cabe aqui!!!"

--- Qual o público que se envolve com o Hip Hop e qual sua contribuição para a cultura?
"Hoje o Hip Hop já é um jovem senhor ou uma jovem cultura com 30 anos de Brasil, sendo assim não é só uma exclusividade da juventude, até adultos velhos que conheceram o Hip Hop no fim da juventude ainda o admiram, pela suas mensagens e intervenções, então, acho que esse modo de intervenção direta, o falar menos e agir mais, a irreverência seja a contribuição do Hip Hop para a cultura. Além dos elementos que a música rap e os outros elementos do Hip Hop proporcionam como bem estar, cor a cidade, reflexão sobre o espaço publico, entre tantos outros!"

--- O ano passado você participou pela primeira vez do "Cena Norte pela PAZ", que aconteceu na Fábrica de Cultura Jaçanã. Por que se interessou em participar pelo 2º ano do movimento Cena Norte?
"Parceria boa tem que se repetir e ampliar! E esse é nosso sentimento que motivou se inscrever para participar esse ano!"

Contatos:
(11) 9.9446-6214
literaturasuburbana@yahoo.com.br

Jussara Alves é formada em Psicologia e Teatro. Atua como Articuladora Social no Programa Redes Sociais do Senac Santana. Gosta de clown, grafite, quadrinhos e crochê.


Liberdade, inclusão e diversidade são valores distintos: 
o Cena Norte apoia a expressão, entretanto não se responsabiliza pelas ideias de cada artista veiculadas nos artigos.

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